segunda-feira, 10 de março de 2008

VEJA e o jornalismo de papel higiênico

Veja é a revista mais vendida do Brasil. Essa verdade é propagada a quatro ventos como se vendagem fosse sinônimo de qualidade e isenção. Se isso fosse verdade, È o Tchan, Bruno e Marrone, além da inflável Ivete "Caras" Sangalo, seriam os artistas de maior talento no mundo artistico brasileiro, desbancando Chico Buarque e Paulinho da Viola, notadamente de vendagens menores. Portanto, número de anunciantes e de leitores não significa, definitivamente, maior qualidade e menos ainda, isenção. No blog de Luis Nassif, o jornalista desconstrói factualmente as verdades e os fatos que VEJA vende como se fossem não-ideológicos e imparciais. Detalhe por detalhe, colunista por colunista, Nassif destrói os mitos da apuração profunda e da suposta imparcialidade do semanário da Abril. Pode-se conferir o extenso dossiê em: http://luisnassifeconomia.blig.ig.com.br/. Nele é mostrado como a VEJA usa de sua popularidade para destruir reputações, rconstruí-las e se posicionar ao sabor dos ventos das receitas de propagandas e dos interesses de seus anunciantes. Veja já foi muito útil, como por exemplo na apuração e posterior queda de Fernando Collor, o Caçador de Marajás, fenômeno aliás criado por Veja e pela Globo. Nos últimos tempos (5 anos) Veja vem, sistematicamente, atacando o governo de Lula. Tarefa facilitada, claro, pelos incontáveis deslizes éticos do presidente. Ajuda, também, o fato de que os leitores de Veja estejam situados na classe média e na classe alta da pontiaguda pirâmide social brasileira, que têm uma grande ojeriza pelo nosso presidente, não só pelos desmandos éticos, mas, principalmente, por puro preconceito de classe. A revista usa essa ojeriza, para ao criticar o governo ir emplacando e explicitando seu posicionamento ideológico, tentando apresentar como fato, posições claramente duvidosas. Imprensa conservadora existe bno mundo inteiro. No entanto, em países civilizados essa imprensa se posiciona como tal, e não se diz arauta de uma imparcialidade que tanto propaga Roberto Civita e Cia. Se alguém quiser ter mais informações de como a grande mídia consegue criar uma certa pauta que lhe interessa dando destaque ao que quer e renegando notícias menos interessante, sob seu pobnto de vista, sugiro Noam Chomsky. O renomado linguista e analista política demonstra como os interesses privados podem se sobrepor aos públicos para suplantar e distorcer o noticiário das grandes redes. Na próxima vez que for ler Veja, olhe direito para realmente ler o está escrito.