sexta-feira, 19 de março de 2010

Arrebentação

Nadando entre ondas fortes
desvencilhando-se de enevoadas águas
respira rápidos e sufocados sopros
quando apóia-se a uma pedra, por sorte
só consegue fazer relaxar os pesados ombros
sem querer pensar em quase nada
tenta a qualquer custo recuperar o fôlego

a linha do horizonte estende-se na superfície rasa
o sol repousa como diamante sobre a espuma
as gaivotas esbanjam volúpia, batendo asas
e enquanto luta para deixar a densa bruma
o homem fatigado crê que nada mais o arrasa