quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pedaço de Lua

Primeiro, a lua fina me olha
Assim de soslaio
Agora, a senhora suprema me sorri
Como a um lacaio
Sei que a tênue película de prata
em breve, me trará o frio de maio
e me sentirei em úmida mata

Mas se ela não tem crateras,
Nem dragão ou São Jorge
Será um pedaço que se desprendeu daquela?
Parece tão tímida, minguante...
Como se não soubesse as paixões que forje
Com sua luz azul apaziguante