sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Música sem músicos?

Uma música não pode ser legalmente resgitrada sem ter uma melodia original, minimamente distinta, de qualquer outra já registrada no mundo. Por definição, portanto, música não deve ser apenas uma combinação de ritmos, ou simples agrupamento de diferentes batidas eletrônicas ou samplers. Isso não é um purismo musical, ou conservadorismo cultural e, sim, simples distinção. Um DJ pode criar diversão, pode tocar e divertir milhares de pessoas e no entanto, não estará criando música. Ao se incluir batidas eletrônicas em músicas já compostas não se está criando música e sim, apenas trazendo novos elementos eletrônicos para uma música já criada. Música é uma arte demasiadamente complexa para que uma pessoa ou artista sem conhecimento muical(seja ele provemniente de estudos ou de dotação inicial) possa , nesse sentido, criar ou produzir. Música, essa arte tão importante para a cultura de povos, de grupos, como forma de comunicação tem um leis ou conhecimentos que a ligam não somente à fisíca, mas também à sensibilidade. Argumentam-se, portanto, que um DJ ou especialista em eletrônica,se sensível o bastante, pode criar música. Uma pessoa que não sabe criar melodias, não sabe e não pode criar música. Pode criar uma forma de arte. Essa pode forma de arte que se torna popular e cada vez mais agradável aos ouvintes (sejam eles músicos ou não) pode se tornar hegemônica e relegar à música feita por instrunmentistas e compositores à uma posição marginal, tal qual a musica clássica hoje. No entanto, se isso ocorrer, estaremos assistindo op surgimento e a consolidação de uma nova forma de arte e de diversão. Não é e não será música no final e muito provavelmente 'puristas ' e 'conservadores' e , talvez curiosos adoradores de música eletrônica, se juntarão em algum porão escuro para escutar algo chamado música feito por um estranho grupo chamado de músicos, que sabiam tocar instrumentos e não entendiam nada de samplers e scratches.

5 comentários:

Cristiano disse...

De fato, por definição, música nova pressupõe melodia original. O DJ faz recortes, altera ritmos, inclui efeitos e vozes. Faz releitura, portanto. Porém, lanço a polêmica: se um texto que contém apenas citações de outros autores e atinge conclusão própria é um novo texto, o que seria o tal som do DJ ?

Cristiano disse...

Música para ouvir música para ouvir.

Fer Prado disse...

La música (del griego: μουσική [τέχνη] - mousikē [téchnē], "el arte de las musas") es, según la definición tradicional del término, el arte de organizar sensible y lógicamente una combinación coherente de sonidos y silencios utilizando los principios fundamentales de la melodía, la armonía y el ritmo, mediante la intervención de complejos procesos psico-anímicos

Babilônico disse...

então uma ópera cantada pelo Tim Maia numa levada samba pancadão cheio de balanço não é uma nova música, mesmo que totalmente diferente da original. Samplers e novas roupagens não são criações, são "ctrl C, ctrl V" de outros autores, beleza, mas agora vem o desafio: onde ficam os já famosos pot-pourris (pô porris) dos sambas?
São, como muito bem dito pelo Cido, citações com conclusão própria!!

Abraços

Chico Obama

Ricardinho disse...

Grande Cidão, mas que tipo de texto é esse que contem apenas citações de outros textos? Faz algum sentido esse texto? Pra mim me parece uma literatura extremamente experimentalista. Grande tietinha, essa definiçao de música segue na linha do texto e finalmente, Chicão: Sim, Tim Maia cantando a AIDA de Verdi com uma batida funk por trás conttinuará sendo ele cantando a MÚSICA composta por Verdi. Os putporris nada mais são do que interprétes ou compositores tocando pedaços de músicas compostas por eles ou por outros. Não são músicas novas apenas pequenas amostras de músicas, muito utilizado para apresentar um grande número de músicas e entreter o público e salvar algum tempo.