segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Redemoinho

Inútil relutar

contra a maré atrativa

sugada em retrospectiva

viva de si

Sem compromisso

deixou-se levar

abraçar e embarcar

Circundando em órbita

ao redor do leito

observava lívida

com enorme respeito

seu próprio corpo em pleno eixo...

Nada restava de sua esperança ressequida

sem as rédeas da razão

agora em águas distantes e tépidas

sem fazer muita questão

de ir ou vir

Nadava contra a corrente de si...

Buscando simplesmente

nem passado, nem futuro,

mas um outro hoje

um pouco menos escuro.

4 comentários:

Carla disse...

Muito boa, meu amor !
Adorei!
beijão,
Carla

Unknown disse...

Cristófilo!

que lindo! vc consegue escrever e descrever cenas de um jeito tão particular. Parabéns irmão!!!!! Sempre mandando muito bem! E acho que hoje em dia está ainda melhor!
Excelente!

bjão

mari

Márcia disse...

Meu caro Cri,

Que belo poema!

Poema em que a interpretação pode viajar através de uma sensualidade revestida de uma consequência amarga e desgostosa até chegar a um ceticismo quase absoluto. Você conseguiu uma ótima dinâmica no desenvolvimento dessas sensações.

Parabéns, Cri.

Beijão

Mormina

Unknown disse...

Haja sensibilidade! Mais uma vez...parabens!