Inútil relutar
contra a maré atrativa
sugada em retrospectiva
viva de si
Sem compromisso
deixou-se levar
abraçar e embarcar
Circundando em órbita
ao redor do leito
observava lívida
com enorme respeito
seu próprio corpo em pleno eixo...
Nada restava de sua esperança ressequida
sem as rédeas da razão
agora em águas distantes e tépidas
sem fazer muita questão
de ir ou vir
Nadava contra a corrente de si...
Buscando simplesmente
nem passado, nem futuro,
mas um outro hoje
um pouco menos escuro.
4 comentários:
Muito boa, meu amor !
Adorei!
beijão,
Carla
Cristófilo!
que lindo! vc consegue escrever e descrever cenas de um jeito tão particular. Parabéns irmão!!!!! Sempre mandando muito bem! E acho que hoje em dia está ainda melhor!
Excelente!
bjão
mari
Meu caro Cri,
Que belo poema!
Poema em que a interpretação pode viajar através de uma sensualidade revestida de uma consequência amarga e desgostosa até chegar a um ceticismo quase absoluto. Você conseguiu uma ótima dinâmica no desenvolvimento dessas sensações.
Parabéns, Cri.
Beijão
Mormina
Haja sensibilidade! Mais uma vez...parabens!
Postar um comentário