Em tempos vazios
sombras caminham pela cidade torta
luzes, só de alguns isqueiros frenéticos
em janelas altas e mornas
mergulhamos em sonos herméticos
embalados pela avenida-aorta
os semáforos insistem num verde sem fim
nos céus, surge um trôpego Zeppelin
as garrafas brindam involuntárias,
nas mãos da garçonete solitária
enquanto cães latem, num debate cego
a cidade, ao longe, se desmonta
como um castelo de lego.
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4 comentários:
Muito boa , gatinho !
Consegui visualizar bem a imagem desse anoitecer!
Imaginei a garçonete quase derrubando as cervejas...rsrsrs
Bjs
Perfeito Cris. Voce conseguiu transmitir a cidade desconstruida na solidao. Sugeriu, inclusive, uma imagem sinestesica.
beijao.
Mormina.
Inspirado...como sempre!Bjs
John Fante
F-A-N-T-E, sacou.
coisa fina cido, coisa fina.
noturna rotina
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