quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Dívida

Pecados a serem expurgados

São tão pesados...

Como os débitos a serem purgados

Por valores amortizados...

Juros de mora nos comem

Juras de amor nos nutrem

São as penas que vêm de outrora

Uma promessa que nos devora

Devemos ter mais medo de dever...

Ou de morrer?

As labaredas da cobrança perseguem o homem

E matam-no, se não estiver tudo bem quitado.

Coisa de católico.

Ou de coitado?

6 comentários:

CRITIQUE A CRÍTICA de Marcus M.Machado disse...

Cristiano,

Muito grato. O seu "Dívida", à Baudelaire, é poema em prosa a imprimir uma'antropologia' indispensável ao tema.

Em resposta ao seu comentário,por acréscimo:

Coisa de caóticos açoitados!

Marcus Moreira Machado
Fraternas saudações!

Unknown disse...

Muuuuuuito boa Cristy!!!!!!!

Adorei mesmo. Acho sensacional o modo como brinca com as palavras!

bjos

mari.

principesca disse...

Olá! Obrigada pelo comentário no Sambando. Olha, gostei muito desse poema, tem muita qualidade, tanto pelo tema (que se torna ambíguo) como pela sonoridade. Ótimo. Até mais!

CRITIQUE A CRÍTICA de Marcus M.Machado disse...

Cristiano,

Na reciprocidade, partilhemos idéias e ideais, comungando a vida!

Fraternas saudações!

Marcus Moreira Machado

carla disse...

Gostei demais,meu amor!

Ao meu ver,está entre as melhores!!!

parabéns!

Unknown disse...

O ideal era não temer esses terrenos movediços,infelizes suplícios,prisões que não se vê...

Preciso falar que gostei desse tb???

beijos
Tata