quinta-feira, 12 de abril de 2007

Vis-a-vis

Vontade é como o vento que
desnuda as mentes e após
anuvia os pensamentos
lhes sufoca a voz

É assim.

Vis
a vis
com você
é uma vista linda
que permeia seu umbigo.
Desse jeito, só você, aqui comigo
não nos atinge maldade...

Me mostre toda essa incontida verdade,

Deixe
entoar aberta
a palavra inserta
nessas nossas vozes caladas.
Basta ouvir a entonação certa
e nossas orlas repousam alinhavadas,

Depois,
como uma turista
perde-se e me inunda a vista
pena que seja menos vinda do que ida
em seus olhos, que são úmidas iscas
deixo-me ir e a vida nos lida.

3 comentários:

Ricardinho disse...

Essa é a poesia do Cidão
cocretista, cheia de verve
direta ao ponto, mas sutil
esse é o nosso drummond

Anônimo disse...

Linda, singela e apaixonada.

Melhor seria se fosse declamada...

Aguardo notícias da concretização da experiência maluca!

Julie disse...

Muito bom Cris!! Legal ver novamente seus escritos!